Na inauguração da Arena da Amazônia, foi o Leão Azul paraense que rugiu mais alto, no empate de 2 a 2 com o Nacional, em partida válida pelas quartas de final da Copa Verde. O triunfo azulino veio após uma expectativa sobrenatural, com boatos de bastidores sobre a arbitragem e hostilidade aos torcedores do Remo. O futebol paraense decretou de uma vez por todas a hegemonia regional, que coloca, na semifinal do torneio, Clube do Remo e Paysandu.

Foto: Ione Moreno/Ag PROA

A festa na arquibancada foi bonita, mas no gramado as duas equipes estavam confusas, pareciam se atrapalhar com a qualidade da grama. O Nacional, em especial, errava passes em excesso. Os jogadores estavam nervosos e pouco passavam do campo de defesa. Até ambientarem-se, os azulinos exploravam o meio, mas não como esperado. Athos e Eduardo Ramos outra vez não se entenderam, restando aos laterais tentar a ligação direta. Foi em uma delas, na esquerda, que veio a cobrança de escanteio, levantada certeiramente na testa do zagueiro Max. Remo 1 a 0.

O Nacional pareceu indiferente ao resultado e passou o primeiro tempo inteiro estudando o Leão Azul. Estudaram tanto, que permitiram ao Remo fazer o segundo, com Eduardo Ramos, anulado pela arbitragem. O troco só apareceu quando a vantagem remista estava em 2 a 0, após Max ampliar, desta vez legal, em outra bola aérea, aos 14 da etapa final.

Foto: Ione Moreno/Ag. PROA

Mas quando quis jogo, o Leão amazonense foi cruel com o coração azulino e fez valer a força da casa. Aos 29 minutos, Jeferson Recife desviou bola cruzada na pequena área para marcar o primeiro. As entradas dele, de Amaral e Nando, foram cruciais. O último, por sinal, empatou a partida aos 34, num belo chute, indefensável ao arqueiro remista. A partir daí a pressão foi de ambos os lados. Remo e Nacional se arriscavam na frente, o jogo ficou corrido. Ted quase amplia para o Remo, enquanto Éder arriscava pelo Naça, mas aos 48, o mato-grossense Wagner Reway decretou o final da partida e a classificação suada do Leão Azul.

(Diário do Pará)